Era outubro, o dia amanheceu com uma luz que me cativou de imediato.
Naquela manhã, eu estava grata porque a queda aparatosa que tinha sofrido, dois dias antes, não tinha tido consequências graves, esta tinha sido a conclusão de uma tarde inteira nas urgências hospitalares. Por questões profissionais deveria apresentar este resultado na Medicina do Trabalho e saí de casa, ainda um pouco combalida mas confiante, rumo ao consultório.
Naquela manhã, eu estava grata porque a queda aparatosa que tinha sofrido, dois dias antes, não tinha tido consequências graves, esta tinha sido a conclusão de uma tarde inteira nas urgências hospitalares. Por questões profissionais deveria apresentar este resultado na Medicina do Trabalho e saí de casa, ainda um pouco combalida mas confiante, rumo ao consultório.
Na sala de espera comecei a sentir frio, mas, para mim, esta sensação devia-se ao facto do ar condicionado estar ligado... fui chamada para a avaliação e durante a conversa não conseguia deixar de tiritar de frio..."Posso pedir, por favor, que baixe o ar condicionado?", apesar de achar que a temperatura estava normal a médica desligou-o e olhou-me intrigada, procurando uma causa para o meu visível estado de arrepios.
Durante o regresso a casa, enquanto conduzia, tive grande dificuldade de deixar de "bater o queixo" e pensei que tinha apanhado uma gripe, por isso, a primeira coisa que fiz foi preparar um chá e colocar o termómetro. "Não posso acreditar quase quarenta graus...grande gripe!!" - pensei. Deitei-me, após o chá e um Benuron!
Só ao cair da noite, quando retirei as meias de compressão, me apercebi da sensação de gelatina que tinha nas minhas pernas e, porque não era a primeira erisipela que tinha, sabia que tinha de agir rapidamente, contactei o meu médico, sempre disponível, que me aconselhou uma ida à urgência, dado que não tinha antibiótico em casa e àquela hora não havia outro recurso... mas... não fui... já era noite e outros compromissos familiares estavam primeiro. Nada me fazia prever o que iria ver na manhã seguinte! Acordei com a minha perna com as flictenas que se podem ver nas fotos e, sem direito a qualquer adiamento, fiquei hospitalizada três semanas... para além de tudo, havia uma sépsis diagnosticada.
As três semanas de hospitalização, com um tratamento intenso com antibioterapia de última geração, levaram-me a refletir e a tomar uma decisão que estava adiada fazia muito tempo: tinha de rever as minhas prioridades e cuidar com mais seriedade do meu linfedema!
Passados quase dois anos, foi em outubro de 2012, sei que ainda muito há a ser feito, mas o primeiro passo foi dado e o caminho faz-se caminhando.
Oi Manuela,
ResponderEliminarMeu nome é Raquel, Tenho 42 anos, e tenho linfedema congênito primário na perna direita, o edema piorou faz uns 4 anos, depois que tive minha filha, antes disso minha perna inchava, mas desinchava no outro dia, agora não, faço o enfaixamento e uso meia de compressão. Nunca tive erisipela, e gostaria de saber se mesmo nunca tendo tido, preciso tomar injeções. Vc saberia me dizer??
Bom Dia Raquel
EliminarTodos nós que sofremos de linfedema temos de ter muito cuidado com as infeções que em nós têm um risco muito acrescido de acontecerem.
Julgo que deverá falar com o seu médico para saber se deve tomar penicilina ou outro medicamento que ele julgue conveniente, para fazer a prevenção.
Cada infecção vai sempre piorando o nosso linfedema... isso é uma verdade incontornável.
Alguma outra questão contacte-me, l.de.linfa@gmail.com, estou ao dispor)
Manuela
Bom dia, a minha mãe sofre de linfedema pois fez esvaziamento inguinal (teve cancro e tiraram gânglio da perna/virilha) . Ontem teve uma queda aparatosa , bateu os joelhos no chão e agora tem muitas dores.
ResponderEliminarBom Dia
EliminarSugiro que vá ao médico com brevidade (se quiser podemos falar l.de.linfa@gmail.com) - tel 911 949 409
Manuela