o PORQUÊ das coisas menos positivas

imagem da internet
A maioria das pessoas com as quais falo, tem dificuldade em aceitar os acontecimentos negativos da sua vida e esquece-se de agradecer os bons momentos.
E nós, meros humanos, vivemos na contínua esperança de querer viver sempre rodeados de situações positivas, pessoas boas e simpáticas, momentos fluidos.

No entanto, parem para pensar um pouco... Já repararam que a nossa vida apenas É UM SIMPLES CONTINUUM de acontecimentos com uma lógica certa e determinada?

Se reflectirem com mais força, irão verificar que, se determinado acontecimento menos bom não tivesse ocorrido num momento da sua vida, NUNCA "aquela" situação tão positiva dar-se-ia um tempo depois?

E sabe o que lhe deverá dar força para os momentos mais difíceis? Pense que tudo se encaixará numa lógica irrepreensível dias, semanas, meses, anos depois.
E é esta capacidade de resiliência que faz de cada um de nós um sobrevivente, com uma estrutura interna inquebrável e com a força continua para lutar pelos seus objectivos.

Porquê? Porque tudo se encaixa num perfeito puzzle. E assim, o optimismo será a característica predominante perante os obstáculos da vida.

E, por fim, nunca se esqueça disto: todas as dificuldades com que se cruza na sua vida, existem na sua vida, porque você tem a FORÇA PESSOAL para lidar com elas.
Estão à altura das suas capacidades pessoais.

Duvida? Então observe a sua vida em retrospectiva e analise: que situações é que não conseguiu lidar? Possivelmente nenhuma.
Poderá responder: mas sofri. Sim sofreu. Mas, faz parte da evolução do ser humano, da adaptação às situações e à vida.

Não faz sentido ser a mesma pessoa actualmente, que era há um ano atrás. Isso significa que não aprendeu com as situações.

Deste modo, da próxima vez que "colocar as mãos na cabeça" e disser "isto só me acontece a mim", pense duas vezes.
Reflicta e pense nas coisas positivas que essa situação negativa lhe irá trazer ou ensinar.

Porquê? Pelo simples facto de que se assim não fosse, não faria qualquer sentido haver momentos menos bons na nossa vida!!!!

Boa sorte!!!!

este texto foi cedido por: 
psicóloga Clínica 
ramo cognitivo comportamental

Linfedema- acção de informação na Grécia

O larissa.net.gr noticiou, no passado dia 6 de março 2014, uma acção de sensibilização sobre linfedema, que aconteceu numa área central da cidade de Larissa na Grécia. Esta iniciativa foi levada a cabo pelo Hospital Universitário daquela cidade que, para além da acção directa, fez ainda feita uma distribuição de cartazes.

Foto: do larissa.net.gr
Foto: do larissa.net.gr













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Linfedema, Diagnóstico e Tratamento

J Pereira Albino
cirurgião vascular
O Linfedema apesar de atingir cerca de 120 a140 milhões de pessoas a nível mundial,  é uma doença que continua desconhecida e, infelizmente, no nosso país, com escassas possibilidades de tratamento a nível publico, encontrando-se este confinado aos IPOs.
O linfedema é uma doença crónica, que atinge em especial os membros mas que pode atingir outras partes dos corpo nomeadamente os órgãos genitais ou a cabeça. Esta é uma doença, com marcada repercussão social, para a qual é necessário, cada vez mais, a exemplo do que acontece na maioria dos países ocidentais, haver uma maior sensibilidade por parte das autoridades de saúde.
Apesar do grosso dos doentes com linfedema se situarem nos países em que a filaria é endémica, não poderemos esquecer que em termos globais cerca de 30 milhões de pessoas sofrem de linfedema primário e cerca de 20 milhões sofrem de linfedema pós mastectomia. São efetivamente números impressionantes que urge olhar, diagnosticar e tratar.
De uma forma geral os linfedemas  podem dividir-se em primários (congénitos, e de aparecimento precoce ou tardio) e que hoje em dia são considerados como malformações linfáticas (ausência ou alteração dos linfáticos de etiologia congénita) e os linfedemas secundários a múltiplas situações nomeadamente de carácter infeccioso (filaríase, erisipelas de repetição) pós cirurgias ou pós radioterapia. Sabemos hoje que edemas como o que acontece após uma fractura ou uma cirurgia ortopédica têm um marcado componente linfático o que a ser contabilizado engrossaria ainda mais o numero dos que têm uma situação linfática que claro pode ser, como na maioria destes casos, transitória.
O diagnóstico é na maioria dos casos clinico devendo ter-se em atenção em especial a distinção com o lipedema  dos membros inferiores (situação de edema congénito, de carácter familiar, doloroso, e em que não há envolvimento do pé, nem sinal de Stemmer, e em que o edema é de consistência mais mole).
Nas formas mais moderadas, a linfocintigrafia pode ser uma ajuda importante para um diagnóstico mais correto e para a instituição de uma terapêutica que terá forçosamente de ter um carácter crónico.
É necessário transmitir aos doentes que o linfedema é um quadro clínico que implica uma mudança substancial de vida, de forma a esta ser vivida com qualidade, evitando o aparecimento das formas extremas da doença. A terapêutica, que deve ter um componente multidisciplinar (em que é fundamental além da fisiatria o componente de apoio psicológico e nutricional) baseia-se sobretudo em medidas higieno diéteticas (prevenção das infecções cutâneas, das micoses ungueais, a higiene das extremidades afectadas e o evitar traumatismos das mesmas) associada à contenção elástica (na maioria dos casos feita por medida) e à terapia descompressiva que tem como base a massagem de drenagem linfática. O uso de profilaxia antibiótica, com penicilina e os diuréticos em baixa dosagem, podem ser indicados sobretudo nas fases iniciais, em que se pretende uma redução mais marcada do edema.
A cirurgia fica normalmente reservada para formas extremas da doença, (formas já de elefantíase) muito centralizada nos membros e na redução do volume dos mesmos, após terapia fisiátrica intensiva.
As cirurgias linfáticas propriamente ditas têm uma expressão muito diminuta estando confinada  a alguns centros mundiais que não têm resultados substancialmente credíveis.
As associações de doentes que, com o incremento das redes sociais, existem pelo mundo e que no nosso país começam a ter alguma repercussão, são fundamentais para lidar com uma doença crónica com implicações importantes a nível funcional e também estético.

Wesley Warren Jr., uma história de coragem



No passado dia 14 fomos surpreendidos com a notícia do falecimento do Senhor Wesley Warren Jr.. Provavelmente a morte deste americano não saltaria para as páginas dos jornais se ele não tivesse sido noticia pela sua patologia: um linfedema de escroto de, sensivelmente, 60kg.

Quando pensamos em linfedema raramente pensamos que ele possa formar-se fora dos membros superiores ou inferiores, mas temos de ter presente que um linfedema pode aparecer em qualquer parte do nosso organismo.

O linfedema do Senhor Wesley Warren Jr. começou em 2008 e teve um desenvolvimento continuo, que só terminou cinco anos depois, após a intervenção cirúrgica, no ano passado. E, segundo as noticias, a sua morte, aos 49 anos, não está diretamente  relacionada com a patologia que o trouxe para as páginas dos jornais e programas de televisão.

Mais detalhes sobre a história, de coragem, deste americano  aqui.


um apontamento de noticia feito por Manuela

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Fisioterapia: a experiência para além da técnica!































Em 2007, no início da minha vida profissional, no Hospital Pulido Valente, tive a oportunidade de acompanhar de perto alguns pacientes com linfedema, aplicando as técnicas de drenagem linfática manual aprendidas durante a licenciatura em Fisioterapia.


Esta experiência permitiu-me perceber melhor o que é na verdade esta patologia e de que forma é que a fisioterapia pode ajudar estes doentes. Para além disto vivi uma grande experiência a nível pessoal, uma vez que aprendi que, apesar da incapacidade que esta patologia possa causar, é possível viver com ela encarando-a como uma barreira a ultrapassar e não como um obstáculo intransponível, visto tratar-se de uma doença crónica.


Foi realmente muito gratificante o tempo que passei com algumas das pessoas que sofrem desta doença, pois percebi que a melhor forma de encarar um problema é tentar buscar diariamente uma solução e nunca desistir de a alcançar.



Juliana Ricardo
Fisioterapeuta

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Quando a linfa não flui

É este, grosso modo, o titulo da noticia que encontrei no TodaNoticia.com. Esta noticia, com informação do El Pais, começa por fazer realçar que o sangue não é o único fluido que circula pela corpo humano chamando à atenção para o sistema linfático e a sua importância no sistema imunológico.
Depois de referir que a acumulação de linfa, que ocorre quando o sistema linfático não funciona na perfeição, faz surgir o linfedema, esta noticia trás como exemplo o caso de Leonor Carbonell, uma mulher de, na altura, 51 anos. 
Leonor Carbonell detectou o seu linfedema aos 20 anos, quando começou a ver inchados os seus tornozelos. Tal como eu, este problema afecta-lhe os membros inferiores, mas sente mais o linfedema numa das pernas.
A Leonor aprendeu a viver com a doença e a respeitar os cuidados que lhe são indicados.