cancro de mama+linfedema = determinação em vencer
Susana Rodrigues |
Chamo-me Susana, tenho 42 anos, e em 2012 foi-me diagnosticado cancro da mama. Depois da quimioterapia, cirurgia (mastectomia e esvaziamento axilar), radioterapia, início da reconstrução da mama, uma recidiva e nova cirurgia, aqui estou, com linfedema nos membros superiores. Faço fisioterapia todas as semanas e uso manga de contenção nos dois braços.
Tive toda a ajuda que é possível no tratamento da doença oncológica (batalha espero eu ganha, apesar das muitas consultas e exames que faço de vigilância!) e mais recentemente nesta sequela que a doença e os tratamentos me deixaram, que é o linfedema.
Lutei contra a doença, com o apoio da equipa médica, família e amigos próximos. Foi um trabalho de equipa, e por mim e por todos eles nunca me deixei ir abaixo! No entanto, tenho passado uns tempos triste e revoltada, porque ao aproximar-se a data de me apresentar ao serviço, e apesar dos relatórios médicos que descreviam a minha incapacidade para exercer cabalmente a minha actividade profissional (sou professora de matemática do ensino básico e secundário), a minha entidade patronal nada faz, baseando-se no facto de que a legislação em vigor não consagra qualquer adaptação que possa ser feita a nível profissional. Sinto-me duplamente castigada! Não fui submetida a avaliação de Junta Médica para iniciar as minhas funções, encontrando-me, portanto num grande vazio e sem apoio!
Sei que são muitas as pessoas que vivem situações idênticas, e a angústia e sensação de impotência são crescentes porque não vislumbro uma luzinha ao fundo do túnel! Há movimentos na nossa sociedade que procuram sensibilizar diferentes entidades/centros de poder de decisão para esta problemática, e a Associação Nacional dos Doentes Linfáticos é uma delas…mas as paredes que se atravessam à nossa frente são muito altas e eu vivo presentemente esta dificuldade!
Gostaria de enaltecer este projecto associativo e apesar da “tenra idade", o trabalho que tem vindo já a desenvolver e empenho demonstrado, que certamente permitirá incrementar o esforço na busca de soluções para os problemas que nos afectam no nosso dia-a-dia e reafirmo a minha disponibilidade para, com o meu testemunho e experiência, contribuir para esta causa e melhorar a nossa qualidade de vida.
Tive toda a ajuda que é possível no tratamento da doença oncológica (batalha espero eu ganha, apesar das muitas consultas e exames que faço de vigilância!) e mais recentemente nesta sequela que a doença e os tratamentos me deixaram, que é o linfedema.
Lutei contra a doença, com o apoio da equipa médica, família e amigos próximos. Foi um trabalho de equipa, e por mim e por todos eles nunca me deixei ir abaixo! No entanto, tenho passado uns tempos triste e revoltada, porque ao aproximar-se a data de me apresentar ao serviço, e apesar dos relatórios médicos que descreviam a minha incapacidade para exercer cabalmente a minha actividade profissional (sou professora de matemática do ensino básico e secundário), a minha entidade patronal nada faz, baseando-se no facto de que a legislação em vigor não consagra qualquer adaptação que possa ser feita a nível profissional. Sinto-me duplamente castigada! Não fui submetida a avaliação de Junta Médica para iniciar as minhas funções, encontrando-me, portanto num grande vazio e sem apoio!
Sei que são muitas as pessoas que vivem situações idênticas, e a angústia e sensação de impotência são crescentes porque não vislumbro uma luzinha ao fundo do túnel! Há movimentos na nossa sociedade que procuram sensibilizar diferentes entidades/centros de poder de decisão para esta problemática, e a Associação Nacional dos Doentes Linfáticos é uma delas…mas as paredes que se atravessam à nossa frente são muito altas e eu vivo presentemente esta dificuldade!
Gostaria de enaltecer este projecto associativo e apesar da “tenra idade", o trabalho que tem vindo já a desenvolver e empenho demonstrado, que certamente permitirá incrementar o esforço na busca de soluções para os problemas que nos afectam no nosso dia-a-dia e reafirmo a minha disponibilidade para, com o meu testemunho e experiência, contribuir para esta causa e melhorar a nossa qualidade de vida.
Bem hajam
texto e testemunho:
Susana Rodrigues
Dec-Lei 246/2015, 4a feira na Assembleia da República
Deverá (ou deveria?) entrar em vigor em janeiro de 2016. No entanto, vai ser aberta a discussão, nesta quarta-feira, na Assembleia da República, sendo que o objetivo, é travar a sua não entrada em vigor já no próximo mês de janeiro.
Este diploma, e suas consequências, foi abordado durante o no II Congresso "Os Direitos e os Deveres dos Doentes Crónicos", neste fim de semana, em Braga. A TEM-Todos com a Esclorose Multipla, organizadora deste evento, contou na plateia com a presença 29 Associações de Doentes, entre elas a ANDLinfa - Associação Nacional de Doentes Linfáticos.
Um enquadramento deste Diploma pode ser lido no site do Instituto Nacional de Reabilitação (aqui)
algumas noticias relacionadas com o Dec-Lei 246/2015:
Linfedema do membro superior
No âmbito dos 70 anos a CUF decidiu fechar a celebração com um evento formativo.
A Conferência que decorreu no passado dia 21, no CCB, teve como tema oncologia|cancro de mama.
"Linfedema do membro superior" foi um dos temas abordados e coube ao Prof Manuel Caneira, cirurgião plástico e estético, partilhar o seu saber e experiência com uma plateia interessada numa temática ainda pouco conhecida e experimentada.
apontamento: Manuela
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